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Durão Barroso anuncia ajuda europeia de 11 mil milhões para a Ucrânia

05 mar, 2014

Auxílio vai prolongar-se por dois anos e destina-se a assistir um "governo ucraniano inclusivo e empenhado", segundo o presidente da Comissão Europeia.

Durão Barroso anuncia ajuda europeia de 11 mil milhões para a Ucrânia
A União Europeia vai dar 11 mil milhões de euros à Ucrânia. O pacote de ajuda, que vigora por dois anos e destina-se a ajudar o executivo a fazer reformas estruturais, foi anunciado pelo presidente da Comissão Europeia, esta quarta-feira.

“Este pacote de medidas pode prestar um apoio de pelo menos 11 mil milhões de euros, durante os próximos dois anos, do orçamento da União Europeia e de instituições financeiras internacionais baseadas na União Europeia. É um pacote desenhado para assistir um governo ucraniano inclusivo e empenhado na concretização de reformas”, afirmou Durão Barroso.

O presidente da Comissão Europeia sublinhou que os Estados-membros permanecem empenhados e unidos na estabilidade da região. “Penso que toda a gente percebe o que está em causa. É a primeira vez em muitos anos que temos a percepção na Europa de uma ameaça real à nossa estabilidade e à paz neste continente”.

Esta ajuda europeia surge após os Estados Unidos terem anunciado um pacote de mil milhões em garantias bancárias e empréstimos, além de apoio técnico de vária ordem.

A actual situação na Ucrânia resulta directamente da deposição do Governo de Yanukovich pelos manifestantes pró-europeus na Praça da Independência, em Kiev, em Janeiro. A situação deixou desconfortáveis grandes partes da Ucrânia oriental, que se sentem mais próximas da Rússia ou que, nalguns casos, são habitadas em maioria por pessoas de etnia russa.

A Crimeia é um exemplo. A esmagadora maioria da população da península autónoma é de etnia russa e poucos dias depois da queda do Governo de Kiev manifestantes pró-russos tomaram a sede do Governo regional, expulsaram os deputados pró-ucranianos e fizeram eleger um novo primeiro-ministro da região. Sergei Aksenov pediu imediatamente apoio a Vladimir Putin, ordenando também todas as forças ucranianas no território a obedecer-lhe directamente a ele e não a Kiev.

A partir de sexta-feira dia 28 de Fevereiro militares não-identificados começaram a tomar conta da maioria dos pontos estratégicos da região. As tropas, claramente russas, cercaram também as bases militares ucranianas, exigindo a sua rendição, o que não se consumou. Essas bases continuam cercadas mas, apesar de alguns momentos de tensão, não tem havido troca de tiros.


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