27 fev, 2014
O Parlamento ucraniano aprovou a nomeação de um governo de unidade nacional. O novo executivo vai ter como primeiro-ministro Arseny Yatseniuk, que foi antigo ministro dos Negócios Estrangeiros de um governo em que o presidente deposto Yanukovich, foi primeiro-ministro.
O novo chefe de governo já garantiu, no parlamento, que vai ter de tomar medidas impopulares para lidar com a crise, acrescentando ainda que será vital assinar um acordo com o FMI.
Arseny Yatseniuk quer ainda traçar um rumo de aproximação à União Europeia e desafia a Rússia a cooperar com a Ucrânia.
O parlamento ucraniano aprovou ainda o nome de mais três novos ministros: Oleksander Shlapak, antigo ministro da economia e antigo membro do Banco Central do país, é agora o novo ministro das Finanças; Andriy Deshchitsya como chefe da diplomacia e Ihor Tenyukh como ministro da Defesa.
As nomeações são, para já, interinas, uma vez que a aprovação final tem de ser dada pelo presidente do país que, nesta altura, também ocupa o cargo de forma interina.
Entretanto, o presidente deposto, Viktor Yanukovich, reapareceu, pelo menos em papel. Em comunicado diz que ainda é presidente e avisa que a população no sudeste e no sul da Ucrânia nunca irá aceitar um governo ilegítimo.
Estas declarações foram enviadas a agências de notícias russas, mas o paradeiro do presidente deposto ainda é desconhecido. Mas uma agência de notícias russa, a RBK, que cita duas fontes não identificadas, diz que Yanukovich pediu protecção à Rússia.
Oficialmente, contudo, o Kremlin diz que não faz qualquer comentário. No entanto, a agência russa Interfax, que cita uma outra fonte, afirma que o líder deposto terá protecção em território russo.