Ministro guineense ameaçou reter avião da TAP no caso dos sírios
14 dez, 2013
O incidente causou uma crise diplomática. A TAP suspendeu todos os seus voos para Bissau, alegando questões de segurança e o Governo guineense abriu um inquérito.
Quem terá ameaçado a tripulação do avião da TAP que transportou mais de 70 sírios de Bissau para Lisboa foi o próprio ministro do Interior daquele país, informa a edição deste sábado do jornal “Público”.
O ministro António Suca Ntchama contactou por telefone o chefe de escala da TAP, dizendo que o avião ficaria retido no aeroporto, caso a companhia aérea não transportasse os refugiados sírios, que viajavam com passaportes falsos.
Os refugiados sírios, entre os quais bebés de colo e uma mulher grávida, terminaram na capital portuguesa uma longa viagem que também passou pela Turquia e Marrocos.
Os refugiados pertencem a uma zona síria com uma forte presença de elementos ligados à Al-Qaeda e pedem asilo político a Portugal por razões humanitárias.
O incidente causou uma crise diplomática. A TAP suspendeu todos os seus voos para Bissau, alegando questões de segurança e o Governo guineense abriu um inquérito.
Na tarde de sexta-feira o ministro dos Negócios Estrangeiros de Bissau apresentou a sua demissão ao Presidente daquele país, mas ainda não foi tomada nenhuma decisão do género envolvendo Ntchama.
A TAP agendou para este sábado um voo extraordinário entre Lisboa e Dakar, no Senegal, e fretou um avião da Senegal Airlines para depois fazer a ligação entre Dakar e Bissau. A viagem é de ida e volta e destina-se a garantir transporta aos passageiros que já tinham bilhete comprado.