Líderes europeus sem novas medidas para o desemprego jovem

A quase totalidade dos líderes europeus deslocaram-se esta terça-feira a Paris para voltar a falar do combate ao desemprego entre os jovens. O encontro segue-se a um primeiro evento realizado em Berlim, antes do Verão, e tem como objectivo principal reafirmar compromissos políticos anteriores, mais do que aprovar novas iniciativas ou instrumentos concretos.

Estes são bem conhecidos e não se têm revelado particularmente eficazes: por um lado esperar que as reformas estruturais levadas a cabo nos vários países surtam efeito e, por outro, garantir a boa aplicação dos 6 mil milhões de euros previstos no orçamento comunitário para 2014 e 2015, uma gota nas despesas totais da União.

Desta verba, cerca de 300 milhões de euros serão canalizados para Portugal no âmbito de um programa conhecido como Garantia Jovem.

O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, fala numa “oportunidade real” para “todos os jovens que possam estar desempregados”.

“Pode ser uma oportunidade para regressarem ao sistema educativo, para terem experiência profissional num estágio profissional, para poderem ter mesmo um emprego ou, então, para terem oportunidade de formação profissional que os habilite melhor a procurar um emprego”, disse Passos Coelho.

A taxa de desemprego entre os jovens europeus oscila entre os 7,5% da Alemanha e os 56% na Grécia. Em Portugal esse valor ronda os 37%.