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Síria

Armas químicas poderão ter sido usadas sem autorização de Assad

08 set, 2013

Segundo fontes dos serviços secretos alemães, há mais de quatro meses que os militares procuravam autorização para usar armas químicas, mas tinha-lhes sido sempre negada.

Armas químicas poderão ter sido usadas sem autorização de Assad
O ataque com armas químicas, nos arredores de Damasco, que causou cerca de 1400 mortos em finais de Agosto, poderá ter sido levado a cabo sem a autorização pessoal do Presidente Assad.

Os serviços secretos alemães terão interceptado várias comunicações entre os militares e o palácio presidencial a solicitar autorização para usar armas químicas, ao longo dos últimos quatro anos e meio. Mas a resposta de Assad, em todo esse tempo, foi sempre negativa.

Um relatório dos serviços de informação alemães avança, por isso, a possibilidade de o ataque ter decorrido sem autorização presidencial, o que poderá indiciar que o Presidente está a perder o controlo das suas próprias forças.

Contudo, outra comunicação interceptada pelos serviços alemães, parece dar a indicação contrária. Numa conversa entre membros do Hezbollah, a milícia xiita libanesa que tem participado no confronto ao lado das forças de Assad, e a embaixada iraniana em Damasco, o elemento do Hezbollah indica que a ordem para o ataque foi de facto dada por Assad.

Contrariamente ao que alega o Governo sírio, bem como a Rússia, os alemães concordam com a esmagadora maioria dos países ocidentais que dizem que o ataque partiu de facto das forças armadas e não dos rebeldes.

A Alemanha já condenou a Síria pela utilização de armas químicas, mas não apoia uma intervenção dos Estados Unidos sem que haja luz verde da ONU.