16 jul, 2013 • Pedro Mesquita
É apresentada esta terça-feira, em Lisboa, aquela que pretende ser uma "Plataforma Global de Assistência Académica de Emergência a Estudantes Sírios". A ideia nasceu no gabinete de Jorge Sampaio, ao verificar que “o sistema de ensino está completamente paralisado” na Síria e que há milhares de estudantes, refugiados em países vizinhos, sem condições para estudar.
O ex-Presidente da República explica à Renascença que, habitualmente, os estudantes não ficam muito contemplados nas questões humanitárias e, por isso, pretende ajudar a colmatar essa falha.
A ideia é instalar “o máximo de alunos possível, com uma bolsa de estudo de um ano, pelo menos, em vários países, incluindo Portugal", explica.
O projecto tem avançado à custa dos contactos que Sampaio tem em todo o mundo. A resposta ao desafio tem sido positiva para lá das fronteiras portuguesas e também cá dentro.
"Há uma resposta, por exemplo, em Portugal muito significativa, quer da parte das universidades quer dos politécnicos. O nosso objectivo é que entre 50 e 100 estudantes possam vir até ao nosso país, mas o ‘target’ mais importante seria apoiar até mil estudantes, com dez a quinze países de acolhimento", afirma Jorge Sampaio.
A adesão das universidades e politécnicos é fundamental, mas qualquer pessoa pode associar-se à iniciativa. “Podemos dar o nosso tempo, como voluntários, como uma família de acolhimento. A ajuda também pode ter a forma de doação, desde um euro ao que se quiser, e até com ‘vouchers’ para comprar géneros num sítio qualquer", apela o antigo chefe do Estado.
Os contactos de Sampaio multiplicam-se e aquando do contacto da Renascença, o ex-Presidente tinha acabado de confirmar mais uma adesão: “Falei com a directora da Universidade Internacional do Líbano há dez minutos. A Universidade dispõe-se a contemplar qualquer coisa como duzentos estudantes”.