Tempo
|

Bruxelas deixa combate ao desemprego ao cuidado dos governos nacionais

27 jun, 2013 • Daniel Rosário, em Bruxelas

União Europeia diz não ter nem competências, nem meios políticos, nem meios financeiros para fazer face ao problema e vai tentar contribuir de alguma forma para medidas nos países dos 27.

Os trabalhos da primeira noite de Conselho Europeu prosseguem esta quinta-feira em Bruxelas os grandes temas são o desemprego jovem e a procura de formas para estimular a economia, nomeadamente, fazer o crédito chegar às pequenas e médias empresas (PME).

Quanto ao desemprego, que afecta muitos países europeus, nomeadamente no sul da Europa, a verdade é que a Europa não considera que este seja um problema seu.

Essa vai ser uma das passagens das conclusões que os líderes vão aprovar na sexta-feira de manhã, onde se lê que, em primeiro lugar, a responsabilidade para responder ao problema é nacional.

Isto porque a União Europeia (EU) não tem nem competências, nem meios políticos, nem meios financeiros para fazer face ao problema. Aquilo que a UE vai fazer e que vai ser decidido esta quinta-feira é tentar contribuir de alguma forma para medidas que estejam a ser tomadas ao nível nacional.

Vão ficar reservados seis mil milhões de euros do orçamento comunitários para o período entre 2014 e 2020 que deverão ser gastos nos primeiros dois anos, e distribuídos entre os países com regiões com taxas de desemprego jovem acima dos 25%.

É um critério que abrange todo o território português. Pelo que Passos Coelho antecipou na quarta-feira, Portugal vai ter mais 150 milhões de euros concentrados em 2015 e 2016 para financiar programas de combate ao desemprego jovem.

O primeiro-ministro termina assim um dia de greve geral em Portugal a discutir, em Bruxelas, o que pode ser feito para travar o desemprego dos jovens na Europa.

Um quarto dos europeus entre 18 e 25 anos não têm emprego.