Líderes europeus analisam resposta ao desemprego
27 jun, 2013 • Daniel Rosário, em Bruxelas
São dois os temas em destaque no Conselho Europeu que hoje começa, em Bruxelas. Os líderes da União Europeia preparam-se para recorrer, mais uma vez, a receitas antigas para problemas que não são novos e não param de se agravar.
O combate ao desemprego entre os jovens e o estímulo da economia através do apoio às pequenas e medidas empresas (PME) são os dois grandes temas do Conselho Europeu que decorre esta quinta-feira em Bruxelas.
Para problemas que não são novos, e que não param de se agravar, os líderes da União Europeia preparam-se para recorrer, mais uma vez, a algumas receitas antigas, acompanhadas de fortes declarações políticas.
Em relação ao desemprego, a cimeira deve reiterar a intenção já anunciada em Fevereiro de destinar seis mil milhões de euros do orçamento comunitário para o período entre 2014 e 2020 para as regiões em que a taxa de desemprego entre os jovens seja superior a 25%.
No caso português, a medida deve abranger todo o país, mas o dinheiro só vai estar disponível a partir de 2014, sendo que, para isso, é preciso que, entretanto, as negociações sobre o orçamento fiquem concluídas.
Em qualquer dos casos, a intenção é aplicar o dinheiro até 2016.
Por outro lado, os chefes de Estado e de Governo europeus querem acabar de uma vez por todas com as dificuldades e financiamento das pequenas e médias empresas, que representam a coluna vertebral da economia europeia e são as principais criadoras de emprego.
A maneira de o conseguir passa por uma diversificação e flexibilização dos apoios disponibilizados pelo Banco Europeu de Investimento, que deve, sobretudo, fazer uso do reforço de capital de 10 mil milhões de euros que a União já decidiu em Fevereiro de 2012.
Como explicou um responsável europeu, estas medidas destinam-se a fazer face a dificuldades imediatas, enquanto ainda não se fazem sentir os efeitos da receita económica europeia assente na consolidação orçamental e nas reformas estruturais.