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OMS quer proibir todas as formas de publicidade ao tabaco

29 mai, 2013

Maioria dos consumidores fica dependente antes dos 20 anos de idade. Até 2030, a OMS estima que o tabaco mate mais de oito milhões de pessoas por ano.  

A Organização Mundial de Saúde (OMS) apela aos países que proíbam todas as formas de publicidade ao tabaco para reduzir o consumo de uma droga que mata seis milhões de pessoas por ano. O alerta surge a propósito do Dia Mundial Sem Tabaco, que se assinala na sexta-feira.

Segundo a OMS, um terço dos jovens que experimentam fumar fazem-no em resultado da exposição à publicidade, promoção e patrocínios feitos por
marcas de tabaco e 78% dos jovens de 13 a 15 anos em todo o mundo dizem estar expostos a alguma forma de propaganda ao tabaco.

A organização acredita que proibir a publicidade, a promoção e os patrocínios por marcas de tabaco é uma das formas mais eficazes de reduzir o consumo,
exemplificando que os países que já introduziram esse tipo de interdição registaram em média uma redução de 7% no consumo.

"O uso do tabaco está no topo da lista de ameaças universais à saúde e no entanto é completamente evitável", disse a directora-geral da OMS, Margaret Chan, para quem "os governos devem ter como prioridade máxima impedir a indústria tabaqueira de continuar a vergonhosa manipulação dos jovens e das mulheres, em particular, para recrutar a nova geração de viciados em nicotina".

O director do departamento da OMS para a prevenção das doenças não transmissíveis, Douglas Bettcher, adiantou que a maioria dos consumidores de tabaco fica dependente antes dos 20 anos de idade.

"Proibir a publicidade, a promoção e o patrocínio do tabaco é uma das melhores formas de evitar que os jovens comecem a fumar e de reduzir o consumo na população inteira", disse.

Segundo a ONU, o tabaco mata até metade dos consumidores. Até 2030, a OMS estima que o tabaco mate mais de oito milhões de pessoas por ano.

O tabaco é um importante factor de risco para doenças não transmissíveis como o cancro, as doenças cardiovasculares, a diabetes e as doenças respiratórias crónicas.