06 mar, 2013 • Ana Carrilho
Mais de 85% dos trabalhadores da Autoeuropa aprovaram, esta quarta-feira, o pré-acordo negociado entre a administração e a comissão de trabalhadores.
O acordo vai vigorar por dois anos, até Outubro de 2014, e garante que não haverá despedimentos na fábrica portuguesa da Volkswagen até ao fim desse ano. Essa foi, aliás, uma das grandes batalhas da comissão de trabalhadores, diz à Renascença o coordenador da Comissão de Trabalhadores, António Chora: "Era a nossa principal preocupação - a defesa do emprego. Conseguimos ver salvaguardados largas centenas de postos de trabalho. Vamos continuar a trabalhar para salvar o que resta dos 600 excedentários que temos".
A partir deste mês, os mais de três mil trabalhadores da unidade de Palmela vão receber um aumento de 1,6%, a que se acrescentará outro, de igual percentagem, em Outubro. Já anteriormente tinham visto os salários actualizados em 1,36%.
António Chora mostra-se confiante no impacto positivo que o acordo vai trazer para a Autoeuropa, numa perspectiva de concorrência no seio do grupo Volkswagen. Esperam-se "novos produtos a todo o momento".
Também a administração da Autoeuropa considera que este acordo é importante para a sustentabilidade da fábrica. Além do aumento dos salários, os trabalhadores vão receber, em Junho, um prémio único de apoio social para compensar a perda de poder de compra determinada pela austeridade a que o país está sujeito.
Ainda assim, entre os 3675 funcionários da Autoeuropa, quase 400 rejeitaram a proposta.