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Nuno Crato na China "a trabalhar para o futuro"

25 fev, 2013

Ministro da Educação viaja acompanhado por responsáveis de 14 instituições e pelo presidente da Fundação para a Ciência e Tecnologia, numa das maiores comitivas académicas enviadas por Portugal à China.

O ministro português da Educação e Ciência, Nuno Crato, iniciou esta segunda-feira uma visita oficial de cinco dias à China, que ficará marcada pela criação de um centro de investigação conjunto.

"Estamos a trabalhar para o futuro", comentou à agência Lusa o embaixador de Portugal na China, José Tadeu Soares. O diplomata referia-se ao Centro de Inovação sino-português na área de materiais avançados, cuja criação será formalmente acordada na quinta-feira em Hangzhou, capital da província de Zhejiang, leste da China.

Ainda em Lisboa, o ministro português adiantou à agência Lusa que "o centro estará operacional muito em breve". "É uma questão de semanas. Vamos assinar o memorando e a partir daí fica operacional esta cooperação", disse.

Nuno Crato viaja acompanhado por responsáveis de 14 instituições e pelo presidente da Fundação para a Ciência e Tecnologia, Miguel Seabra, numa das maiores comitivas académicas enviadas por Portugal à China.

"Esta visita é o claro exemplo de que passámos da linguagem dos tratados para a aplicação prática", disse também o embaixador Tadeu Soares.

Nuno Crato e o homólogo chinês, Wan Gang, assinaram em Junho passado em Lisboa um memorando destinado a fomentar a cooperação científica bilateral, envolvendo empresas, universidades e centros de investigação.

Entre as instituições representadas na comitiva do ministro português figuram o Instituto Superior Técnico, Universidade Nova de Lisboa, Centro de Ciências do Mar (Universidade do Algarve), Instituto de Engenharia Biomédica e Laboratório Ibérico de Nanotecnologia.

Além de Wan Gang, com quem reuniu hoje de manhã (hora local), Nuno Crato vai encontrar-se com responsáveis da Academia de Ciências Medicas e do Instituto de Física da Academia das Ciências da China.

A agenda inclui ainda visitas a três das mais conhecidas universidades chinesas, em Pequim e em Xangai. Esta é a primeira visita de um governante português à China no novo ano lunar, que começou no dia 10 de Fevereiro, sob o signo da Serpente, e coincide com um bom momento das relações comerciais luso-chinesas.

Em 2012, as exportações portuguesas para a China aumentaram 30% em relação ao anterior, atingindo o valor recorde de 1. 128 milhões de euros.