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Relatório diz que há excesso de oficiais e pede mais cortes nas Forças Armadas

21 fev, 2013 • Ana Rodrigues

Ministro da Defesa vai analisar estudo do Instituto de Defesa Nacional e deve avançar para as reformas após aprovação do Conceito Estratégico da Defesa Nacional.

Para cada sargento e dois soldados existe um oficial, revela um estudo do Instituto de Defesa Nacional, que defende uma alteração na estrutura militar, cortes nos gastos e a extinção de algumas estruturas.

O relatório está nas mãos do ministro da Defesa, José Aguiar Branco, e revela que um manifesto desequilíbrio nas Forças Armadas portuguesas.

Números redondos são oito mil oficiais e 12 mil sargentos, para 18 mil soldados, uma proporção a alterar na estrutura militar e que o Instituto da Defesa Nacional quer aprofundar, com cortes nos gastos com a duplicação e até triplicação de estruturas dos ramos.

O objectivo é juntar todos os serviços comuns ao Exército, Marinha e Força Aérea, como é o ensino, a saúde, o apoio social e as compras.

Quanto a extinções, o relatório sugere o fim da Brigada Mecanizada, que passa a centro de treino, e da Polícia Judiciária Militar.

Nas infra-estruturas, terá de haver cortes e a Marinha pode mesmo ter de abandonar as instalações na Ribeira das Naus e o Terreiro do Paço.

São sugestões que, segundo apurou a Renascença, o ministro da Defesa deve acolher, já que grande parte consta do documento de trabalho revelado com as reformas previstas.

José Aguiar Branco quer primeiro aprovar o Conceito Estratégico da Defesa Nacional e logo de seguida avançar com as reformas, apesar da contestação que está a provocar entre grupos de militares.

Para sexta-feira, está marcado um jantar de oficiais para debater as alterações, em que vão participar ex-chefes militares, muito críticos às mudanças.