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Duplicam prejuízos das operadoras por furto de cobre

14 fev, 2013 • Celso Paiva Sol

Cinco mil furtos registados durante 2012 afectaram 700 mil clientes e provocaram prejuízos na ordem dos 11 milhões de euros.

Só no universo das empresas de telecomunicações o furto de cobre provocou o ano passado quase 11 milhões de euros de prejuízos. É um enorme aumento face aos anos anteriores, com mais do dobro de 2011 e 26 vezes mais do que em 2010.

Os dados são da APRITEL, a associação que reúne as principais operadoras de comunicações em Portugal.

Os números falam por si. Cinco mil furtos registados durante o ano, qualquer coisa como 14 por dia, que afectaram 700 mil clientes e provocaram às operadoras prejuízos na ordem dos 11 milhões de euros.

É um aumento exponencial face aos dois anos anteriores e em especial face a 2010, ano em que os prejuízos não chegaram sequer a meio milhão de euros.

“É um fenómeno absolutamente insustentável do ponto de vista futuro”, considera Ana Paula Marques, presidente da Associação dos Operadores de Comunicações Electrónicas, que acredita que a maior atenção das autoridades, bem como a mudança da lei que regula as sucateiras enquanto locais de receptação destes materiais, pode inverter esta tendência em 2013.

O problema é que o alvo já não é apenas o cobre. “O que temos visto é que começamos a ter ocorrências de furtos de múltiplas tipologias de infra-estruturas. Estamos a falar também de aparelhos de ar condicionado, vedações, baterias, portanto, muito para além do cobre”, descreve Ana Paula Marques.

Olhando para o mapa, há dois distritos que se destacam pela negativa. Santarém e Porto registam o maior número de ocorrências e por isso estão também no topo da lista das zonas com mais prejuízos para as operadoras. São ainda os que têm mais clientes afectados, nomeadamente com a quebra nos serviços.