08 fev, 2013 • Isabel Pacheco
Para contestar os cortes nas reformas, os reformados protestam esta sexta-feira em frente ao Ministério da Solidariedade e Segurança Social, em Lisboa, e vão repetir o protesto todos os dias 8 de cada mês.
Promovida pela Confederação Nacional de Reformados, Pensionistas e Idosos (MURPI), a manifestação vai decorrer também noutras cidades do país, como Setúbal, Évora, Beja, Coimbra e Porto.
Durante o protesto, que começa às 14h30, os reformados vão entregar uma carta aberta ao ministro Pedro Mota Soares. O direito a uma reforma e a um pensão digna, depois de uma longa carreira contributiva, a abolição das taxas moderadoras, a reposição do desconto nos passes sociais, a revogação da lei do arrendamento urbano são alguns dos apelos que se podem ler.
A MURPI alega que os reformados estão a ser vítimas de um “saque” e que a situação vai piorar com o corte de quatro mil milhões de euros, afirma à Renascença Casimiro Menezes. “Só as pensões mínimas do primeiro escalão foram aumentadas 2, 79 euros por mês. Todas as outras ficaram congeladas e vão provavelmente pagar impostos”.
“São cortes que vão agravar a vida de muitos reformados, vão agravar a pobreza e atirar para a miséria e para fome muitos milhares de reformados”, alerta.
As manifestações decorrem no dia em que as reformas devem ser pagas e os idosos "vão verificar os cortes brutais" que lhes foram aplicados, confirma o presidente da MURPI, acrescentando que tem recebido várias queixas, a maioria relacionada com a "sobrevivência alimentar de muitos idosos, que recorrem aos bancos alimentares e à sopa dos pobres, e com a saúde".
A partir de hoje, e no dia 8 de cada mês, passam a manifestar-se em vários distritos, em frente às delegações da Segurança Social.