EDP é uma “financeira” que não sabe lidar com emergências

A Câmara de Pombal acusa a EDP de falta de preparação para acudir a situações de emergência nacional, em virtude do mau tempo que levou a que, ainda esta terça-feira, partes do concelho estejam privadas de electricidade, prejudicando particulares e empresas locais.

Diogo Mateus, vice-presidente da autarquia, lembra que os empresários portugueses estão dependentes desta empresa e acusa-a de falta de comunicação com a zona do país que mais sofre com os cortes de electricidade. “Temos 15 geradores para levar a água ao nosso concelho e tudo depende da EDP. Investir em Portugal e corresponder com mínimos no nosso território, ir para o estrangeiro é ir para o estrangeiro. A EDP não é uma empresa de funcionamento de energia eléctrica, a EDP é uma financeira”, critica.

A autarquia enviou até um comunicado a várias entidades, entre elas, o Presidente da República e o primeiro-ministro. 

Para Pombal, com a impreparação para situações de emergência como a deste fim-de-semana, a EDP demonstra que perdeu a capacidade de resposta às situações de abastecimento em tempo de crise, pelo que vai ter de repensar o seu papel na estratégia de desenvolvimento nacional.

Diogo Mateus tece ainda duras críticas à empresa eléctrica por falta de respeito para com os cidadãos. “Vá ao site da EDP e veja qual é a informação que existe para o cidadão que esta sem luz há quatro dias. Aí consegue logo perceber qual é a importância e o tratamento que a EDP dá aos seus clientes domésticos, já nem falo das empresas”, lamenta. 

No comunicado, a autarquia denuncia a falta de uma entidade nacional coordenadora na gestão da crise e lamenta ainda que o próprio Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal tivesse deixado de funcionar.