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Especialista detecta erros no relatório do FMI

16 jan, 2013

Contas com os gastos nas universidades não batem certo, diz Luísa Cerdeira, pró-reitora da Universidade de Lisboa. A proposta em aumentar significativamente as propinas não faz sentido.

O relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI) sobre os cortes no Estado está “mal elaborado” e dá mostras de ter sido feito à pressa, acusa a pró-reitora da Universidade de Lisboa.

Luísa Cerdeira detectou erros no documento encomendado pelo Governo que poderiam ter sido feitos por um “fraco aluno” principiante de Economia de Educação.

As contas com os gastos nas universidades não batem certo e Luísa Cerdeira diz ainda que a proposta em aumentar significativamente as propinas não faz sentido.

“Para o ensino superior, aquele documento é completamente mal elaborado e vou eu vou chamar-lhe indigente, ou seja, tem dois parágrafos sobre o ensino superior e um é para dizer que deve subir substancialmente as propinas, quando nós já temos o nível de participação das famílias e dos estudantes dos mais elevados da Europa”, argumenta.

A pró-reitora da Universidade de Lisboa sublinha que estas medidas não estão sequer fundamentadas e há erros técnicos.

“Sobre a despesa do ensino superior, devem ter-se enganado, porque foi um trabalho à pressa, provavelmente, e fala de 1,6 mil milhões de euros de despesa do ensino universitário público. É errado. Quanto muito, aquilo será o ensino superior: universidades e politécnicos”, afirma Luísa Cerdeira.