07 dez, 2012 • Paulo Neves
O valor do negócio da TAP é inferior a 500 milhões de euros, mas o empresário colombiano que a quer comprar prefere sublinhar o que vai investir na companhia aérea portuguesa. Neste cenário, a transportadora espera lucros de 5% até final do ano, um balanço ainda provisório, avançado à Renascença pelo vice-presidente, Luís Gama Mor.
“Os combustíveis, que têm um custo extremamente elevado, tornam a operação difícil, o que dá para ver a crise em que estão todas as empresas aéreas da Europa e inclusive do Brasil”, começou por dizer.
“Mas estamos até agora equilibrados, temos crescido em torno de 5% já este ano, [embora] não de uma forma uniforme. Isto é, alguns países caem, como Portugal e Espanha e Itália, mas tem sido amplamente compensado com um crescimento no Brasil, um pouco menor que no ano anterior, que foi muito exagerado; o crescimento da África, que é cada vez mais importante para nós, o Leste europeu e as novas rotas, em que temos tido bastante sucesso - Miami também, Estados Unidos e o Norte da Europa”, exemplifica o vice-presidente da TAP.
“No Norte da Europa estamos a crescer a dois dígitos, especialmente na Alemanha, uma democracia também muito bem presente no resto da Europa”, acrescenta.
Sobre se a TAP tem possibilidade de abrir novas linhas, tendo em conta que aparentemente tem falta de aviões, Luís Gama Mor responde que “essa falta de aviões é uma verdade se achamos que para crescer é preciso mais aviões”.
“Isso tem acontecido: nos últimos 10, 12 anos temos sempre trazido novos aviões para continuar a crescer, e vamos precisar de mais equipamento”, conclui.
Foi entregue esta sexta-feira a única proposta de compra da TAP. A proposta do empresário German Efromovich foi entregue dentro do prazo, antes do meio-dia.
Fique por dentro > 
