Emissão Renascença | Ouvir Online

Silves sem condições "para repor o que foi destruído" pelo tornado

17 nov, 2012 • Gastão Costa Nunes e André Rodrigues

Autarquia ainda está a fazer as contas aos prejuízos do temporal, mas aponta para vários milhões de euros.

Silves sem condições "para repor o que foi destruído" pelo tornado

O presidente da Câmara de Silves lança um apelo desesperado de ajuda ao Governo por casa dos estragos provocados pelo tornado que esta sexta-feira assolou o Algarve.

O autarca Rogério Pinto diz que a destruição foi grande e o município não tem capacidade para repor o que o tornado levou.

“Neste momento, não temos condições para repor aquilo que foi destruído. Não temos nem meios técnicos, nem meios humanos, nem recursos financeiros para fazer aquilo que é preciso”, afirma.

Aquilo que a Câmara de Silves está a fazer, sublinha “é limpar, é arrumar, mas recuperar não temos capacidade para isso”.

“Daqui deixo um apelo ao nosso Governo para que olhe para os problemas graves que afectam o concelho de Silves”, afirmou Rogério Pinto.

Os prejuízos ainda estão a ser apurados mas, segundo o autarca algarvio, cifram-se em milhões de euros.

Silves e Lagoa foram os concelhos mais afectados pelo tornado. Treze feridos, três famílias desalojadas, elevados prejuízos é o balanço desta tarde face ao qual o autarca pede ajuda.

Especialista prevê repetição de fenómenos extremos
O tornado que varreu o Algarve é o segundo evento meteorológico extremo em menos de um mês. Há três semanas, vento e chuva forte provocaram danos materiais assinaláveis na zona de Castelo Branco.

Em entrevista à Renascença, o meteorologista Costa Alves afirma que este tipo de fenómenos explica-se no quadro das alterações atmosféricas provocadas pelo aquecimento global.

“Numa situação muito instável da atmosfera nos últimos 20 anos, numa situação de transição proporcionada pelo aquecimento global, é provável, é possível, que este tipo de fenómenos tenha maior frequência e maior intensidade”, refere Costa Alves.