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Instituto Superior Técnico admite parar as aulas por falta de dinheiro

19 out, 2012 • Fátima Casanova

Corte no orçamento da instituição pode chegar aos 10 pontos percentuais.

O presidente do Instituto Superior Técnico (IST), Arlindo Oliveira, admite avançar com uma paragem parcial das aulas.

“Estamos a considerar reduzir o serviço. Exactamente como isso se fará não sei: paragem parcial das aulas, fecho parcial da instituição durante algum tempo, eliminação de alguns serviços fundamentais para os alunos ou para a qualidade do ensino”, disse.

Arlindo Oliveira diz que os cortes previstos na proposta de Orçamento do Estado para o próximo ano, que podem chegar aos 10 pontos percentuais, deixam o Técnico numa situação insustentável.

O corte mais pesado resulta de um aumento das contribuições para a Caixa Geral de Aposentações. “Relativamente à situação que nos foi apresentada em Julho onde já havia um corte de cerca de 3% no nosso orçamento houve agora dois factores que são extremamente importantes: uma, é que nos aumentam, sem qualquer compensação, essa contribuição para a Caixa Geral de Aposentações de 15 para 20%; a segunda é que a reposição que foi feita do subsídio de Natal foi apenas parcial e isso representa, talvez, mais 2% de redução”.

Arlindo Oliveira queixa-se, por isso, da falta de dinheiro para manter os serviços e diz que já não tem muito mais por onde cortar.

“Já fizemos muitas coisas, já reduzimos todos os consumos possíveis de electricidade, já reduzimos os níveis de segurança e de limpeza, mas, neste momento, não temos mais por onde cortar”, acrescenta.

Contactado pela Renascença, Ministério da Educação não comenta para já as declarações do presidente do Instituto Superior Técnico.