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"Nunca houve qualquer favorecimento das empresas por onde passei"

08 out, 2012

Pedro Passos Coelho reage à notícia avançada pelo jornal “Público”, segundo a qual a empresa de que foi consultor e administrador terá sido favorecida num programa gerido por Miguel Relvas, actual ministro dos Assuntos Parlamentares.

"Nunca houve qualquer favorecimento das empresas por onde passei"
O primeiro-ministro negou esta segunda-feira qualquer qualquer favorecimento à Tecnoforma, empresa na qual foi gestor e consultor, garantindo que nunca pediu favores na vida a ninguém. Uma reacção à notícia avançada pelo jornal "Público", que diz que, entre 2002 e 2004, 26% das candidaturas aprovadas a empresas privadas no âmbito do programa Foral coube à Tecnoforma. Um período em que Passos Coelho geria a empresa e Miguel Relvas era o responsável político pelo programa.
O primeiro-ministro e líder do PSD nega qualquer tipo de tratamento de favor no caso Tecnoforma, empresa para a qual trabalhou e que terá dominado por completo um programa de formação profissional tutelado pelo então secretário de Estado Miguel Relvas, em 2003.

"Não existe, na minha vida como gestor de empresas, nada que seja objecto de censura ou tenha envolvido, do ponto de vista ético, qualquer favorecimento para as empresas por onde passei", garante Passos Coelho.

"A empresa em causa foi uma empresa para a qual trabalhei vários anos e que nunca beneficiou de qualquer favor, muito menos que tivesse sido solicitado por mim", adianta, em declarações prestadas aos jornalistas, no Porto.

De acordo com o jornal "Público", Pedro Passos Coelho foi consultor e administrador da empresa Tecnoforma, que, em 2003, recebeu 82% das verbas atribuídas a empresas pelo programa "Foral", tutelado por Miguel Relvas, então secretário de Estado da Administração Local do Governo de Durão Barroso.

O primeiro-ministro esteve esta segunda-feira de manhã no Porto para participar numa conferência sobre emigração, algo que, garantiu aos jornalistas, "nunca foi proposto como política nacional" ou "solução para todos os males".

À chegada ao local, na Fundação Cupertino de Miranda, Passos Coelho foi vaiado por cerca de 70 pessoas.