Emissão Renascença | Ouvir Online

Chefes militares criticam associações das Forças Armadas

28 set, 2012

Os chefes dos três ramos das Forças Armadas classificam posições “ilegítimas”, “despropositadas” e “irresponsáveis” de alguns órgãos sócio-profissionais.

Chefes militares criticam associações das Forças Armadas

Na véspera de mais uma manifestação anti-austeridade e a três dias de serem recebidos pelo Presidente da República, os chefes militares distanciam-se das associações de oficiais e de praças.

O Conselho de Chefes de Estado-Maior repudia as afirmações “irresponsáveis” e “ilegítimas” dos últimos dias, feitas por alguns órgãos sócio-profissionais das Forças Armadas.

Quem fala pelos militares são as chefias militares, dizem os generais que lideram o Estado-Maior do Exército, da Armada, da Força Aérea e o Chefe de Estado-Maior General. Assinam um comunicado muito duro, divulgado esta sexta-feira, que, embora não se refira às recentes declarações de responsáveis das associações dos oficiais, dos praças e dos sargentos, é-lhes dirigido.

Essas estruturas socioprofissionais têm vindo a público solidarizar-se com protestos anti-austeridade e, nalguns casos, pedir a demissão do primeiro-ministro.

Agora os chefes dos três ramos das Forças Armadas classificam essas posições de “ilegítimas”, “despropositadas” e “irresponsáveis”, além de tentativas de interferir na cadeia hierárquica de comando, pondo em causa “a coesão e a disciplina” dos militares, algo que os generais não aceitam.

Os “assuntos internos das Forças Armadas são da sua responsabilidade directa e exclusiva”, dizem no documento. Na segunda-feira os quatro chefes de Estado-Maior General são recebidos pelo Presidente da República.