Iniciativa conta com muita solidariedade, mas pouca adesão por parte dos empresários da restauração.
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Quem for esta terça-feira a um restaurante, corre o risco de não ter opção de pagamento por cartão. Vai ser assim nos restaurantes que aderirem ao protesto organizado pelo Movimento Nacional de Empresários da Restauração. Os empresários dizem que não aguentam o IVA a 23% nem as taxas cobradas pelo uso dos cartões.
“Perceber que, neste momento, Espanha está a pagar o escalão máximo de 1,6 de percentagem de comissões e nós aqui estamos a pagar 3,5%. É escandaloso”, critica José Pereira, líder do movimento.
Segundo este responsável, o objectivo desta iniciativa de protesto “é demonstrar que, por um lado, o sector está inviável, por outro, a continuar este caminho, os restaurantes não têm margem para continuar a funcionar”.
Os empresários dizem que o sector paga entre 85 e 90 milhões de taxas pela utilização dos cartões de débito e de crédito.
A Unicre, empresa especializada na gestão e emissão de cartões de pagamento, através de um comunicado, vem desmentir este valor. A empresa defende e argumenta que não vai além dos 11,7 milhões de euros e lamenta que os clientes sejam penalizados.
Ao "dia sem cartões" junta-se uma manifestação nacional frente ao Parlamento, em Lisboa, no dia 16 de Outubro. Chamar à atenção para a necessidade da negociação do IVA da restauração é um dos objectivos da acção, marcada um dia depois da entrega do Orçamento do Estado.
Pouca adesão As reportagens da Renascença, em Lisboa e no Porto, encontraram muita solidariedade por parte dos donos dos restaurantes, mas pouca adesão. Alguns dizem que não podem arriscar participar, uma vez que 90% dos clientes paga com multibanco e outros apontam como solução uma paragem de uma semana em vez de um dia, para que os clientes estejam mais bem avisados.
Na cidade do Porto o reporter da Renascença visitou oito restaurantes, encontrando apenas um que aderiu ao protesto.
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