24 set, 2012 • Ana Carrilho
O Governo decidiu agravar o IRS em 2013 e repor parte dos subsídios à função pública e pensionistas. Na concertação social, a ideia não convence. Na opinião de João Machado, da Confederação dos Agricultores de Portuga (CAP), a solução encontrada por Passos Coelho para substituir a redução na TSU não serve.
“Não é aceitável que tenhamos uma TSU que retira um ordenado aos portugueses em geral, e que venhamos depois de todo este processo encontrar uma solução que retire também um ordenado aos portugueses”, defende o líder da CAP.
Do lado da Confederação do Turismo, o presidente Francisco Calheiros voltou a defender o abaixamento nas taxas de IVA. “A Confederação do Turismo insistiu muito sobre a questão do IVA da restauração, hoje voltou a fazê-lo e ainda dando mais ênfase à questão do golfe”, disse.
Mas esse é um dos impostos que não vai ser mexido, garantiu o primeiro-ministro no final da reunião com os parceiros sociais. O encontro retomou o diálogo com as confederações patronais e sindicais mas não quer dizer que tenha estabilizado a confiança.
João Vieira Lopes, da Confederação do Comércio e Serviços deixa o aviso ao Governo, os portugueses já estão no limite. “Atingiu-se neste momento os limites da austeridade e qualquer retirada de mais rendimento disponível às pessoas vai levar necessariamente a uma depressão ainda maior na economia”, defende.