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Música, flores e slogans contra a austeridade

21 set, 2012

Vigília aguarda final do Conselho de Estado e espera mudança de políticas porque as pessoas estão a ser “asfixiadas”. Dois jovens instalaram uma banca, dizendo: "faça o seu próprio cartaz", iniciativa que alguns aproveitam.

Música, flores e slogans contra a austeridade

Cerca de seis mil pessoas manifestam-se no jardim, em frente ao Palácio de Belém, enquanto lá dentro ainda decorre a reunião do Conselho de Estado.

O cordão de segurança é bastante forte, mas não há notícia de incidentes graves, apesar do rebentamento de alguns petardos.

Desta vez alguns dos presentes têm megafones e, para além de várias palavras de ordem - como “O povo é que paga” -, tem-se cantado e assobiado. Há também pessoas a distribuir flores, nomeadamente gerberas.

Uma das manifestantes disse à Renascença que esta “é uma reacção à austeridade, é uma manifestação em que as pessoas estão revoltadas com o bem-estar dos que estão ali dentro e com o mal-estar dos que estão cá fora”.

Sobre o resultado do Conselho de Estado, a mesma manifestante diz esperar que “tenham muito bom senso porque isto vai piorar, as pessoas não podem ser asfixiadas”.

Junto a uma árvore, dois jovens instalaram uma banca, dizendo: "faça o seu próprio cartaz", iniciativa que alguns aproveitaram para preencher folhas A3 com o slogan que lhes ocorreu. 

As pessoas aproveitaram o protesto não só para mostrar o seu descontentamento com cartazes, mas também cantando várias canções de intervenção, entre as quais o "Acordai", de Fernando Lopes Graça com poema de José Gomes Ferreira, a "Internacional" e a "Grândola Vila Morena", de Zeca Afonso.