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Novas regras do IEFP podem levar formadores ao desemprego

18 set, 2012 • Manuela Pires

“Há pessoas que trabalham para o IEFP há 20 anos e agora são descartados, como se não existissem”, lamenta representante de formadores.  

O Instituto de Emprego e Formação Profissional está a estudar a possibilidade de recrutar uma parte dos formadores através da Plataforma Electrónica da Educação e estima que numa fase experimental, até final do ano, sejam contratados 1000 professores.

Mas o Movimento de Formadores do Instituto de Emprego e Formação Profissional alerta para o despedimento de centenas de formadores.

João Revez, do movimento, diz que os actuais formadores não podem concorrer: “Não estamos na dita plataforma porque não concorremos, porque fizemos do ensino profissional a nossa vida”.

João Revez do movimento de formadores dos centros de formação profissional do EEFP diz que o contrato dos formadores acaba no final do ano e a incerteza é muita, até porque muitos destes professores não têm direito ao subsídio de desemprego: “Há pessoas que trabalham para o IEFP há 20 anos, e agora são descartados, como se não existissem”.

O movimento pediu várias audiências, mas até agora nenhum gabinete conseguiu explicar qual vai ser o futuro destes formadores que para além de cursos para desempregados, trabalham também na educação e formação de jovens.