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Portugal

Petrolíferas consideram "muito difícil" acordo para baixar preço dos combustíveis

28 ago, 2012

Associação portuguesa do sector refere que está sempre disponível para ouvir ideias novas, mas argumenta que a indústria vive uma situação complicada. Em França, Governo e empresas chegaram a acordo.

Petrolíferas consideram "muito difícil" acordo para baixar preço dos combustíveis

A Associação Portuguesa de Empresas Petrolíferas (APETRO) não acredita ser possível, neste momento, surgir um acordo para descer o preço dos combustíveis em Portugal, à semelhança do que aconteceu em França.

A APETRO diz estar sempre disponível para ouvir ideias novas, mas não lhe parece viável que o Estado e as empresas percam nesta altura tantos milhões de euros.

"Parece-me muito difícil esse cenário, tanto do lado do Governo, como do lado da indústria. Se seguíssemos esse esquema, estaríamos a falar, em números redondos, de 210 milhões de euros", sublinha o director de comunicação da associação que representa as petrolíferas, João Reis.

A indústria, neste momento, vive uma situação "muito difícil", argumenta João Reis, devido à diminuição do consumo e à legislação europeia, que é "muito restritiva e que tem levado ao aumento de custos".

"Esta forma artificial de baixar o preço dos combustíveis não ia trazer nada de benéfico. Ia pôr no 'vermelho', eventualmente, uma indústria que já está com problemas", argumenta o director de comunicação da APETRO.

O Governo francês e as petrolíferas acordaram baixar o preço da gasolina e do gasóleo até 6 cêntimos por litro, durante três meses, para que os consumidores tenham algum alivio face à escalada dos preços.

O custo económico do corte será repartido em partes iguais entre as empresas petrolíferas e o Estado francês.