21 ago, 2012 • Júlio Almeida
Uma das imagens mais fortes da importância que a produção artesanal de sal teve em Aveiro poderá desaparecer em breve e passar apenas a memória de postal ilustrado.
A antiga fábrica de higienização de sal, dois velhos palheiros e outros tantos armazéns de construção mais recente correm sério risco de demolição.
Interesses imobiliários, que placas “vende-se” recentemente colocadas fazem anunciar no canal de São Roque, em tempos idos o centro nevrálgico do comércio de sal transportado de várias centenas de marinhas próximas.
O médico José Domingues Maia, conhecido estudioso, proprietário e defensor do salgado local, lança um derradeiro apelo para a preservação de algum do edificado que remete para o período áureo da salicultura.
A cidade precisa de um espaço físico museológico à altura da importância que o salgado teve ao longo do tempo, defende.
Desde há vários anos funciona um ecomuseu com produção de sal ao vivo na chamada marinha da Troncalhada, uma das últimas a funcionar.