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Ensino superior

Dois em cada três alunos querem emigrar depois de se licenciarem

13 ago, 2012 • Ana Carrilho

Europa é o "destino preferencial". Principal motivação é a procura de "melhores condições laborais".

Dois em cada três alunos querem emigrar depois de se licenciarem

Um estudo realizado pelas associações académicas conclui que 69%  dos universitários inquiridos têm intenções de emigrar depois de se formarem.

"Os dados recolhidos relevam uma percentagem preocupante - cerca de 69% - de estudantes com intenções de emigrar após concluírem os seus ciclos de estudos, essencialmente em busca de melhores condições laborais", indicam os resultados do inquérito relativo à "Mobilidade Profissional e à Internacionalização do Emprego Jovem".

O resultado preliminar do estudo, realizado a nível nacional por associações académicas e de estudantes, revela que a Europa do Norte, mas também o Brasil, são destinos de eleição dos jovens qualificados com intenções de emigrar, indica Luís Rebelo, da Federação Académica do Porto (FAP), em declarações à Renascença.

A maior parte dos inquiridos considerou ainda que "não existem mecanismos informativos sobre os diversos países europeus" e que isso significa que há uma "barreira" à internacionalização do emprego.

Luís Rebelo explica que os alunos admitem emigrar, sobretudo, porque “querem ter emprego”, um salário melhor e também por razões de "ambição e enriquecimento pessoal".

Responderam ao inquérito 1.750 alunos dos ensino superior universitário e politécnico, público e privado.

A grande maioria revela grande vontade de sair do país à procura de um futuro melhor. E se há uns que manifestam mais vontade que outros, quase todos desejam voltar um dia a Portugal, frisa Luís Rebelo.

As associações académicas vão agora apresentar os resultados ao Ministro da Educação e outras entidades para começar a discutir alternativas, já que consideram que a situação é preocupante.

[notícia actualizada às 20h26]