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Associação vai recorrer da decisão que aboliu touradas em Viana do Castelo

13 ago, 2012

Polémica começou quando Defensor de Moura era o presidente da autarquia. O executivo camarário aprovou, a 27 de Fevereiro de 2009, a proibição de realização de touradas em Viana do Castelo.

Associação vai recorrer da decisão que aboliu touradas em Viana do Castelo
Tête a tête... Toureiro espanhol Manuel Diaz 'El Cordobes' desafia o touro numa corrida realizada na Feira de Colombinas, em Huelva, Espanha. EPA/JULIAN PEREZ.
Depois de os tribunais terem permitido a realização de uma tourada em Viana do Castelo, marcada para 19 de Agosto, a associação PróToiro vai novamente recorrer à Justiça. "É uma vitória, mas ainda não chega", diz Diogo Monteiro. 

O presidente da associação PróToiro garante que, logo depois da corrida de touros de dia 19, vai avançar com uma acção em tribunal para tentar anular a deliberação camarária que, em 2009, aboliu as touradas na cidade.

"A Câmara não autorizou pura e simplesmente por birra pessoal. É muito simples. O antigo presidente da Câmara acordou um dia e disse 'como não gosto de touradas, não se vão fazer touradas'”, critica Diogo Monteiro.

O presidente da associação PróToiro argumenta que "o actual presidente [José Maria Costa], como, infelizmente, teve de votar a favor, porque fazia parte da vereação do anterior presidente, tem agora um problema político em mão, porque não podia voltar com a palavra atrás".

Mas, defende Diogo Monteiro, "reconhecer o erro não é sinal de fraqueza - é sinal de inteligência". "Como ele não o quis fazer, o tribunal fez por ele."

O presidente da autarquia de Viana do Castelo, José Maria da Costa, remete a sua posição para uma conferência de imprensa, a realizar durante esta segunda-feira.

A polémica começou quando Defensor de Moura era o presidente da autarquia. O executivo camarário aprovou, a 27 de Fevereiro de 2009, a proibição de realização de touradas em Viana do Castelo, transformando o município em "anti-touradas", "em defesa dos direitos dos animais" e alegando não existir "qualquer tradição" tauromáquica no concelho.

Face à declaração "anti-touradas" e à aquisição da Praça de Touros pelo município, por 5.127 euros, também em 2009, há três anos que não se realizam espectáculos tauromáquicos no concelho.