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Mandarim chega aos infantários de Leiria

14 jun, 2012 • Paula Costa Dias

Projecto da Escola Superior de Educação e Ciências Sociais quer explorar a língua chinesa com as crianças de uma forma lúdica. Iniciativa agrada a educadores, pais, filhos e até aos próprios chineses.

Mandarim chega aos infantários de Leiria
É a prova de que o mandarim está a conquistar mais espaço em Portugal. No próximo ano lectivo, as crianças do pré-escolar em Leiria vão poder aprender a língua chinesa, adaptada à idade.

Sara Costa, da Escola Superior de Educação e Ciências Sociais (ESECS), explica que se pretende “explorar algumas questões da oralidade, que no mandarim são bastante diferentes com a questão dos tons, porque as crianças ainda estão numa fase em que conseguem adquirir competências de uma maneira mais natural”.

Aberto a todos os estabelecimentos de ensino interessados, o projecto arranca em Setembro no Colégio Infantil Chi-Coração. Para a directora, Filomena Silva, trata-se de preparar as crianças para um novo futuro, de uma forma lúdica: “Vamos passar pela expressão plástica, pela expressão dramática, pela música”.

A iniciativa agrada aos pais, como testemunha Daniela Jesus: “A cultura chinesa está-se a entranhar nos negócios. Por exemplo, o inglês é agora uma língua muito usada por eles, porque não o mandarim?”.

“É muito interessante, até ao nível auditivo, para o desenvolvimento da criança. Quando é falado, há uma palavra que, dita de três maneiras diferentes, pode ter três significados diferentes. Isso puxa pelo ouvido da criança também”, considera a mãe.

As crianças que souberam da notícia ficaram contentes com o novo desafio. Uma admitiu até que gosta de “aprender coisas novas” e pareceu interessada em explorar o “chinês”.

A ideia agrada também aos chineses, admite o comerciante Chen Jin Hong que há 20 anos vive em Leiria. “Eu acho bem. Hoje o mundo está quase todo junto, falta algumas pessoas aprender chines – a China é o maior mercado do mundo e Portugal também tem muita coisa para vender.”

“É só preciso alguém para traduzir”, ri Chen Jin Hong.

Pode não ser fácil, mas já lá diz o ditado português: “É de pequenino que se torce o pepino”.