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Ministério Público arquiva queixa contra Otelo

12 abr, 2012 • Celso Paiva Sol

Principal operacional do golpe de estado de 25 Abril de 1974 disse, em entrevista à Lusa, ser contra manifestações de militares, mas defendeu que, se forem ultrapassados os limites, com perda de mais direitos, a resposta da classe pode ser um golpe militar.

Ministério Público arquiva queixa contra Otelo

O Ministério Público decidiu arquivar a queixa contra Otelo Saraiva de Carvalho. O Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Lisboa conclui não haver matéria que sustente os argumentos do Movimento de Oposição Nacional, que se queixava de Otelo por este ter incitado à guerra civil, à alteração violenta do Estado de Direito e à desobediência civil.

Num despacho de arquivamento com data de terça-feira, dia 10 de Abril, o DIAP considera que as declarações só representaram a expressão das ideias de Otelo Saraiva de Carvalho e que não constituíram crime, nem ultrapassaram os limites da liberdade de expressão constitucionalmente consagrada.

Em causa estava uma entrevista que Otelo Saraiva de Carvalho concedeu à Agência Lusa em Novembro do ano passado. O principal operacional do golpe de estado de 25 Abril de 1974 disse ser contra manifestações de militares, mas defendeu que, se forem ultrapassados os limites, com perda de mais direitos, a resposta da classe pode ser um golpe militar.