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Gaspar imperativo: corte nos subsídios só até ao fim do programa de ajuda

04 abr, 2012

O ministro das Finanças deu, no Parlamento, a garantia de que a medida é excepcional e só se aplica enquanto vigorar acordo com a “troika”. A polémica - diz Gaspar - é “artificial”.

Gaspar imperativo: corte nos subsídios só até ao fim do programa de ajuda
O ministro das Finanças reafirma de forma taxativa: os cortes nos subsídios de férias e de Natal dos funcionários públicos e pensionistas são para aplicar apenas enquanto estiver em vigor o programa de resgate acordado com a "troika". Vítor Gaspar afasta assim a sugestão ontem avançada pela Comissão Europeia para que esses cortes pudessem tornar-se definitivos.
O ministro das Finanças reafirma de forma taxativa: os cortes nos subsídios de férias e de Natal dos funcionários públicos e pensionistas são para aplicar até ao fim do programa de ajuda externa. Vítor Gaspar afasta assim a sugestão ontem avançada pela Comissão Europeia para que esses cortes pudessem tornar-se definitivos.

“A suspensão vigorará até ao final do período de vigência do programa de ajustamento, como claramente dito no relatório do Orçamento do Estado para 2012”, garantiu Vítor Gaspar, esta manhã, no Parlamento, comissão parlamentar de orçamento e finanças.

O ministro das Finanças reitera que “esta é a posição que o Governo tem” e “sempre teve”, garantindo que “este aspecto não foi discutido no terceiro exame regular do programa de ajustamento”.

Vítor Gaspar argumentou ainda que a polémica em torno dos subsídios “é uma questão que foi criada de forma inteiramente artificial”.

Palavras de Vítor Constâncio sobre segundo resgate não têm novidade
O ministro das Finanças afirmou também que as declarações de Vítor Constâncio, que admitia a possibilidade de novo resgate a Portugal, não têm qualquer novidade e que seguem a linha de discurso dos líderes europeus.

"Eu não teria usado a forma de palavras que foi escolhida pelo senhor vice-presidente do Banco Central Europeu, Vítor Constâncio, mas quero destacar que não há nenhuma novidade naquilo que foi dito", afirmou Vítor Gaspar, explicando que a seu ver as palavras do antigo governador do Banco de Portugal referem-se ao possível apoio dos países do euro caso Portugal cumpra o seu programa mas não consiga regressar ao mercado no período previsto.

O governante adiantou ainda que esta é uma questão "que só poderemos discutir no caso concreto", se vier a acontecer, e demonstrou ainda alguma confiança, com reservas, na evolução dos mercados de dívida.

O ministro afirmou que a evolução nas últimas oito semanas dos juros no mercado primário e secundário "têm sido favoráveis", e que indicam no caso do mercado primário um "aumento das quantidades emitidas" e do "interesse de investidores nacionais e internacionais".

[notícia corrigida às 19h07]