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Desemprego

Estado gastou dois mil milhões em medidas activas de emprego

01 abr, 2012

Nos últimos 12 anos, 500 mil pessoas participaram neste tipo de programas. Relatório da Universidade do Porto será discutido na reunião de concertação social de segunda-feira.

Estado gastou dois mil milhões em medidas activas de emprego
O Estado gastou cerca de dois mil milhões de euros nos últimos 12 anos em medidas activas de emprego, em que participaram mais de 500 mil pessoas com o objectivo de encontrarem um posto de trabalho.

"A despesa pública total associada a estas participações foi, a preços de 2011, aproximadamente igual a dois mil milhões de euros", diz um relatório enviado pelo Governo aos parceiros sociais.

De acordo com o documento, elaborado por uma equipa da faculdade de economia da Universidade do Porto, entre Janeiro de 2000 e Agosto de 2011 foram contabilizadas pelos registos do IEFP 1,04 milhões de participações no conjunto de medidas de emprego promovidas nesse período. O documento será discutido na reunião de concertação social de segunda-feira.

Em média cada individuo participou, nos 12 anos considerados, em 1,4 medidas. Mas a maioria dos participantes, 390.229 (75,9% do total) participou numa única medida.

De acordo com a mesma fonte, foram os estágios e as medidas ocupacionais que suscitaram a maioria das participações (três quartos). As medidas de apoio à contratação também tiveram algum protagonismo, com 11% do total de participações. As medidas de apoio ao empreendedorismo e à criação do próprio emprego foram as que tiveram menor procura, respectivamente com 4 e 2% de participações.

Estágios absorvem mais verbas
Em termos de despesa, foram os estágios que absorveram a maior parte das verbas gastas com medidas de emprego (36% do total), seguidas das medidas de apoio ao empreendedorismo (31%) e das medidas ocupacionais (24%).

Com os apoios à contratação foram gastos 6% do total das verbas e com o apoio ao auto-emprego foram gastos 3% do total.