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Criminalidade desceu 2% em 2011

30 mar, 2012 • Celso Paiva Sol

É o terceiro ano consecutivo em que se regista uma descida da criminalidade geral participada às forças de segurança .

Criminalidade desceu 2% em 2011
A criminalidade participada às autoridades desceu 2% em 2011. É este o valor de referência do Relatório Anual de Segurança Interna, que reúne as contas do ano passado de todas as forças e serviços de segurança.

O documento, a que a Renascença teve acesso, vai ser debatido mais logo no Conselho Superior de Segurança Interna, marcado para S. Bento, às 18h00, de onde seguirá depois para a Assembleia da República.

É o terceiro ano consecutivo em que se regista uma descida da criminalidade geral participada às forças de segurança e, em qualquer um dos casos, com variações pequenas - entre os 0,6% e os 2% -, o que consolida definitivamente uma tendência.

Portugal estabilizou a criminalidade ligeiramente acima dos 400 mil crimes por ano, conseguindo travar a subida vertiginosa iniciada em 2008, mas sem conseguir por enquanto voltar a baixar dessa barreira dos 400 mil. Em 2011, a descida é de 2%.

Já em relação ao crime grave e violento, que continua a representar apenas 5% do total de crimes, regista-se igualmente uma descida face ao ano anterior, de 1,2%. O numero é residual, mas ainda assim positivo, uma vez que têm sido mais as vezes em que aumenta do que as que diminuiu.

Ainda no capítulo do crime grave e violento, destaque para o aumento de 21% dos roubos por esticão e do aumento de 14,7% dos assaltos a ourivesarias.

Mas, pelo contrário, há uma lista maior de crimes em que foram registadas diminuições: menos 17,6% de homicídios, menos 11% de roubos à mão armada na via pública, menos 28% de assaltos a farmácias, menos 22,6% de assaltos a bancos e menos 17% de assaltos a postos de abastecimento de combustíveis.

Globalmente, o relatório revela uma tendência de redução dos crimes contra as pessoas e, pelo contrário, um aumento dos crimes contra o património.

Aumentam os furtos dentro de viaturas e dentro das residências (6,2%), aumentaram também os furtos praticados por carteiristas (5,5%). O furto de metais fundíveis e a condução sob o efeito do álcool cresceu 5,5%.

Em sentido inverso, diminuíram os casos de violência doméstica, na ordem dos 7%.