Há uma manifestação à espera de Cavaco Silva esta manhã em Mirandela.
São trabalhadores de laboratórios clínicos da região, que temem o desemprego de mais de uma centena de técnicos.
Em causa a decisão da Unidade Local de Saúde do Nordeste, que impôs a realização das análises clínicas dentro do sector público, em vez dos laboratórios privados, que estavam a ser usados.
Roberto Costa, porta-voz dos trabalhadores, diz que o presidente não tem que temer este protesto: “Aqui em Trás-os-Montes é uma raridade encontrar figuras de Estado e queremos sensibilizá-lo para esta questão para que, juntamente com o ministro da Saúde, tente de alguma forma alertar para esta situação que está a ser criada.”
O porta-voz lamenta a falta de consulta aos envolvidos e as “medidas tomadas em cima do joelho sem o conhecimento das populações, nem dos próprios laboratórios. Todos os intervenientes foram apanhados de surpresa e é uma poupança, acima de tudo, duvidosa.”
O presidente da associação, António Taveira diz que por este caminho perdem os utentes mas o estado também vai perder: “Em teoria tem capacidade instalada, mas é preciso ter organização, ter o método e é preciso ter escritórios de qualidade. Nada disto existe, vai tudo ter que ser montado.”
Para António Taveira a decisão é também incompreensível em termos de custos: “Tudo isto agravado pelo facto de que o preço que o Estado paga nos hospitais públicos são entre 35 e 40% mais altos do que o Estado paga aos privados”, afirma.