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Áreas de serviço das ex-SCUT com fortes quebras nas vendas

11 mar, 2012

Desde 8 de Dezembro, aquando da introdução das portagens, a redução de tráfego foi notória nestas vias.

Áreas de serviço das ex-SCUT com fortes quebras nas vendas
As três principais petrolíferas com postos de abastecimento nas antigas SCUT admitem que tiveram fortes quebras nas vendas - que chegam aos 60%, segundo uma das empresas - desde que foram introduzidas portagens naquelas vias, a 8 de Dezembro.

Questionadas pela Lusa, Galp, Cepsa e Repsol reconhecem que a introdução de portagens nas auto-estradas A22, A23, A24 e A25 lhes trouxe uma acentuada descida nas receitas em zonas de venda das áreas de serviço, combustíveis, tabacaria e restauração.

Das três empresas, a única que vai além de um simples reconhecimento global da queda nas vendas é a espanhola Cepsa, que informa que já antes da introdução de portagens, em 2010 e 2011, o resultado líquido das suas 11 áreas de serviço nas auto-estradas portuguesas "era na sua globalidade negativo". A petrolífera acrescenta que a partir de Dezembro a quebra foi ainda mais significativa.

A Galp, empresa com mais áreas de serviço em auto-estradas e ex-SCUT (sem custos para o utilizador), admite que a quebra já era muito acentuada antes da cobrança de portagens, mas acrescenta que essa tendência se reforçou "de forma muito clara a partir de Dezembro".

Peso da conjuntura
De acordo com os últimos dados disponíveis, de finais de Janeiro, a A22 sofreu uma redução de tráfego de 48,1% em Dezembro de 2011 em relação ao mesmo mês do ano anterior, justificada pela Estradas de Portugal com as portagens, mas também com a conjuntura económica.

Nas outras três vias que passaram a ser pagas em Dezembro registou-se diminuições na circulação entre os 29,4% e os 19,4%, com a empresa a sublinhar também o peso da conjuntura.