20 fev, 2012
Carlos Pereira da Silva, professor de Economia no Instituto Superior de Economia e Gestão e especialista em Segurança Social, fala do lançamento da revista “Economia e Segurança Social”, um projecto para promover um debate alargado na sociedade e reflectir sobre as alterações que é necessário fazer de forma a garantir a sustentabilidade futura do sistema.
“O desemprego é hoje, a curto e médio prazo, a principal causa da insustentabilidade financeira da segurança social”, disse.
Em entrevista à Renascença, o professor Pereira da Silva deixa claro não ser justo dizer, agora, que os reformados ou os que estão lá a chegar têm direitos a mais porque contribuíram para isso com os seus impostos.
“Não podem é vir dizer que eles estão à conta dos filhos. Não. Esta geração que hoje está a beneficiar financiou a educação gratuita dos seus filhos e o Serviço Nacional de Saúde que permitiu aos seus filhos não terem doenças. Quem montou este modelo foram os que estão hoje a chegar à idade da reforma porque tiveram que o pagar”, refere.
Pereira da Silva também defende ser altura dos trabalhadores no activo fazerem a sua própria poupança e contribuírem individualmente para ter uma reforma melhor na velhice.
“O modelo social tem que ser dinâmico”, acrescenta.