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Confrontos na manifestação dos Indignados

21 jan, 2012

Grupo nacionalista foi isolado pelas forças de segurança.

Confrontos na manifestação dos Indignados
Um grupo de cerca de dez elementos do Movimento da Oposição Nacional, que na rede social Facebook se identifica como nacionalista, envolveu-se em confrontos com outros manifestantes, no protesto organizado pela Plataforma 15 de Outubro que decorre hoje em Lisboa. O grupo continuou depois na cauda do desfile, enquadrado por agentes do corpo de intervenção da PSP.

Cerca de mil pessoas marchavam hoje à tarde pelas ruas de Lisboa para mostrar indignação contra as políticas do Governo, num protesto organizado pela Plataforma 15 de Outubro, em que se registaram confrontos. 
 
Um grupo de cerca de dez elementos do Movimento da Oposição Nacional, que na rede social Facebook se identifica como nacionalista, envolveu-se em confrontos com outros manifestantes.

O grupo continuou depois na cauda do desfile, enquadrado por agentes do corpo de intervenção da PSP. 
 
A manifestação teve início perto das 16h00, no Marquês de Pombal, e termina no largo em frente da Assembleia da República, onde será feita uma assembleia popular. 
 
O número de participantes no protesto é uma estimativa dos jornalistas no local, dado que a polícia não avançou números. 
 
A Plataforma 15 de Outubro exige "a suspensão imediata da dívida" e está na rua para dizer "basta!" de cortes na saúde e na educação, de austeridade, de pobreza e de fome, disse à Agencia Lusa Filipa Roque, da organização.
 
Os manifestantes estão também a protestar contra o acordo de concertação social assinado esta semana, que consideram um "verdadeiro ataque" aos direitos laborais dos portugueses, adiantou. 
 
Outros movimentos associaram-se à manifestação, como a Comissão dos Utentes da Via do Infante e professores. 
 
Ao som de bombos, gritam "Espanha, Grécia, Irlanda e Portugal, a nossa luta é internacional" e "Fora, fora já daqui, a fome a miséria e o FMI".
 
Os manifestantes brandem cartazes com inscrições como "Esta dívida não é nossa", "Não somos lixo -- protesto dos professores", "35 mil contra a precariedade" e "Má gestão das contas = prisão". 
 
No protesto participam pessoas de todas as idades e também aqueles que aproveitam para fazer negócio vendendo águas e outras bebidas.