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Polícia

Sindicato diz que oficiais “chegaram a situações insustentáveis"

20 jan, 2012

A Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP) desafiou Direcção Nacional da PSP a assumir queixas dos superintendentes.

O presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP), Paulo Rodrigues, lamenta que só agora a hierarquia venha a público revelar a verdadeira situação em que a polícia se encontra e desafia a própria Direcção Nacional a assumir oficialmente como suas as queixas que constam na reflexão dos superintendentes.

“Lamento que a Direcção Nacional da Polícia não torne este documento como oficial. E lamento que os responsáveis que criaram este documento não o tivessem feito, quando já não só último governo mas também antes da aprovação do Orçamento de Estado para 2012, todos nós dizíamos que iriamos ter um 2012 catastrófico tendo em conta as dificuldades”, explicou.

No documento a que a Renascença teve acesso, os superintendentes, a segunda categoria mais alta da PSP, dão conta de níveis insustentáveis de desmotivação interna ao ponto de já afectarem a moral do efectivo e o normal funcionamento da polícia.

A ASPP, o maior sindicato da PSP reagiu ao documento de reflexão, que os superintendentes enviaram á Direcção Nacional, denunciando a constante omissão dos problemas pelos polícias.

“Os oficiais da polícia sempre tentaram camuflar os verdadeiros problemas, em parte por subserviência aos governos e isto criou algumas situações insustentáveis”, disse Paulo Rodrigues.

A ASPP deixou um aviso: “ou eles assumem a responsabilidade fazendo um favor ao Governo ou então têm de dizer o que se passa na casa.”