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Concertação social

Fundador da UGT critica João Proença por assinar acordo com o Governo

17 jan, 2012 • Pedro Mesquita

Torres Couto lamenta que a central "fique associada a uma mudança tão radical e selvática nas regras do jogo do mercado de trabalho”.

Fundador da UGT critica João Proença por assinar acordo com o Governo
Torres Couto, fundador da UGT, diz que não teria assinado o acordo de concertação social e lamenta que a central fique associada às alterações que aí vêm. 

“Eu não teria assinado [o acordo]. Se estas medidas nos são impostas pelos credores, que fosse o Governo a impô-las. Lamento que a minha central sindical – aquela que eu ajudei a criar – fique associada a uma mudança tão radical e selvática nas regras do jogo do mercado de trabalho”, diz Torres Couto, em declarações à Renascença.

“É um acordo leonino para o lado empresarial e patronal contra os trabalhadores, que põe em causa um conjunto de direitos muito grandes", acrescenta. 

Para Torres Couto, a desistência do Governo face à meia hora adicional de trabalho não chega para assinar, porque, sustenta, "tudo aquilo" que foi "dado em troco" da meia hora é "péssimo".