17 jan, 2012
O Governo, as confederações patronais e a UGT chegaram esta madrugada um acordo tripartido para a competitividade, crescimento e emprego, após quase 17 horas de reunião.
O entendimento, que vai ser assinado na quarta-feira de manhã na sede da Concertação Social, deixa cair a meia hora extra de trabalho diário que tinha sido proposta pelo Executivo.
Acertado ficou o corte de três dias de férias, ficando os trabalhadores com 22 dias por ano, em vez dos actuais 25.
Governo, patrões e UGT também deram "luz verde" à criação de uma bolsa individual de 150 horas anuais, que pode ser gerida pela empresa. Esta medida permite que os trabalhadores trabalhem menos horas num dia e que depois compensem noutro. Essas horas não serão pagas como horas extraordinárias.
O anúncio do acordo foi feito esta madrugada pelo ministro da Economia e do Emprego, Álvaro Santos Pereira, que se congratulou com o entendimento de Concertação Social numa altura em que o país enfrenta uma situação financeira débil.
Acordo será assinado na quarta-feira. De fora fica a CGTP, que abandonou as negociações.
O secretário-geral da CGTP, Carvalho da Silva, saiu a meio da reunião desta segunda-feira, afirmando que "o que está a ser acertado entre os patrões e a UGT é um texto que representa a maior regressão nos direitos dos trabalhadores", classificando-o como "chocante".