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Natal infeliz? “Lembrei-me da Guerra. Havia muito pouco para comer”

20 dez, 2011 • Sofia Vieira

O testemunho do padre Dâmaso, capelão prisional e colaborador da Renascença, é o segundo desta semana, de quem viveu, no passado, o Natal em situações complicadas.

Natal infeliz? “Lembrei-me da Guerra. Havia muito pouco para comer”
O padre Dâmaso Lambers recorda que foi na Holanda, nos anos de 1943 e 1944, que viveu os Natais mais bonitos da sua vida. Em condições extremamente difíceis, é o testemunho de quem viveu a II Guerra Mundial.

Foram as palavras de alguém a dizer na televisão que, neste ano de crise, o Natal será infeliz que despertaram a sua memória. O padre Dâmaso recorda os tempos da guerra: “Havia muito pouco para comer, não havia carvão para aquecer a casa , não havia rigorosamente nada, nós vivíamos com muitas necessidades”.

Lembra ainda que, durante um jantar com os irmãos, já lá vai algum tempo, veio à conversa os Natais vividos nos anos de 43 e 44: “Foram os mais bonitos. Conseguimos passar o Natal com imensa paz, com imensa felicidade e não havia nada. E éramos nove em casa”.

O padre Dâmaso, capelão prisional e colaborador da Renascença, sublinha que o “Natal não são as coisas exteriores. O presente é Deus que nos dá, o seu filho Jesus Cristo, e se este presente principal não existir, não haverá Natal”.