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Secretário de Estado da Justiça critica julgamentos mediáticos

25 nov, 2011

Entrevistado pela Renascença, Fernando Santo diz-se indignado, tal como a maioria dos portugueses, com a situação a que o país chegou, mas discorda da greve geral de ontem.

Secretário de Estado da Justiça critica julgamentos mediáticos
O ministério da justiça está a fazer uma avaliação de meios e não põe de parte novas admissões, mesmo na área prisional, se isso for admitido e considerado necessário pelo ministério das finanças. Uma hipotese avançada pelo secretário de estado da administração patrimonial e equipamentos da justiça, em entrevista à Renascença. Fernando Santo afirma ainda que o governo quer acabar com o Estabelecimento Prisional de Lisboa no prazo de 4 anos.
O secretário de Estado da Justiça, Fernando Santo, manifesta preocupação com as sucessivas fugas de informação e critica o julgamento mediático das pessoas, que muitas vezes são as últimas a saber que estão envolvidas no processo.

“Até como cidadão, sempre me interroguei como é que matérias que são reservadas e que são da esfera da Procuradoria e daqueles que estão envolvidos nestes casos, são depois utilizadas de forma mediática”, afirma à Renascença.

Fernando Santo diz “compreender” que os órgãos de comunicação “vivam muito da mediatização de todos os casos e que com alguns julgamentos até antecipados àquilo que é o verdadeiro julgamento”, mas “criou-se um certo círculo”.

“O que julgo que não pode suceder é haver este tipo de fuga de informações que faz com que a pessoa que está envolvida seja a última a saber”, sublinha.

Na mesma entrevista à Renascença, que pode ouvir na íntegra a partir das 23h00, o secretário de Estado da Administração Patrimonial e Equipamentos da Justiça comentou a greve geral de ontem, dizendo-se um português tão indignado quanto os outros com “a situação a que o país chegou”.

“Estamos todos indignados, eu também estou, mas vejo mais a greve como uma soma de duas questões: das pessoas que estão contra o sistema a que chegámos e aqueles que, por razões políticas, utilizam o momento para contestação política. Todo o país tem prejuízos e julgo que não há um ganho, neste momento particular em Portugal está, em que estamos, mais do que internamente, a ser avaliados externamente, e basta olhar para o que se está a passar na Grécia e noutros países”, defende.