17 nov, 2011 • Paulo Neves
A Barraqueiro, a maior empresa privada de transportes colectivos, quer explorar as concessões de transportes que serão privatizadas pelo Governo.
Em declarações à Renascença, Luís Cabaço Martins, administrador da empresa, confirma o interesse. "Sim, temos interesse de princípio nas várias concessões que venham a ser postas a concurso. Estamos no mercado, temos provas dadas nos três modos de transporte público de passageiros e, em geral, estamos interessados nas concessões que o Estado venha a colocar a concurso."
O grupo Barraqueiro emprega cinco mil pessoas e gere 350 milhões de euros. Apesar de concorrerem à privatização da Carris, junto com o Metro, consideram que seria melhor não juntar as empresas.
“Preferiríamos um concurso em que as empresas fossem mais pequenas - penso que se gerem melhor [assim]. O Estado promove melhor a concorrência, mas, seja como for, admitimos que um pacote mais alargado também tem as suas vantagens e estamos disponíveis para qualquer modelo”, acrescenta.
Nestas declarações à Renascença, Luís Cabaço Martins diz que se a Barraqueiro ganhar a concessão dos transportes, não pretende despedir trabalhadores, nem cortar nos vencimentos.
“Nós nunca pomos os despedimentos à frente da nossa gestão. Há muitas formas de se fazer gestão de recursos humanos e o que nós achamos é que deve haver condições para rever algumas condições de trabalho”, refere o administrador da empresa.
O Governo quer reestruturar as empresas públicas de transportes e, entre outras medidas, propõe fusões.