17 out, 2011
O anúncio foi feito ao início da tarde, depois de uma reunião de alto nível, que decorreu na sede da intersindical.
Carvalho da Silva revelou que, entre os sindicatos da UGT e da CGTP, vai haver para já a máxima convergência nas lutas sectoriais. A realização da greve geral vai ser proposta aos órgãos das duas centrais, que reúnem nos próximos dois dias.
“Nós decidimos reforçar o trabalho de articulação da acção do movimento sindical no seu todo e fazermos o possível para que, a partir de uma unidade construída com os trabalhadores e projectada em todos os sectores, se faça o máximo de convergência, o máximo de luta comum possível e incluímos nesta nossa disponibilidade a decisão de levarmos aos órgãos de direcção de CGTP e UGT a proposta de realização de uma greve geral”, disse Carvalho da Silva.
O secretariado nacional da UGT e o conselho nacional da CGTP vão apreciar diversas datas e, depois de amanhã, o dia vai ser definido. O dia da greve "estará necessariamente relacionado com o Orçamento de Estado", revelaram os dois líderes.
Medidas do Governo "agravam a pobreza"
Para João Proença, não faltam motivos para a contestação, agravada pelas novas medidas anunciadas pelo primeiro-ministro.
“É inaceitável que sejam tomadas medidas para o Orçamento do Estado que apontam claramente para o agravamento da pobreza, o agravamento do desemprego, o aumento das desigualdades. É necessário dar resposta e dizer que o Governo foi eleito para tirar o país da crise e estas medidas não tiram o país da crise", considera João Proença.
"É fundamental criar condições para que haja diálogo, para que haja negociação a todos os níveis, para que de facto haja possibilidade de diminuir e não aumentar a conflitualidade social em Portugal. O Governo, com as medidas que está a tomar, aumenta claramente a conflitualidade”, afirma ainda o líder da UGT.
Próximos dias com novidades
Nos próximos dias, as estruturas sindicais dos transportes e administração pública vão anunciar dias de greve, mas o mesmo caminho deverá ser seguido noutros sectores.
Até à paralisação geral, vão decorrer diversas acções de luta, protagonizadas pelos sindicatos da UGT e da CGTP, com o máximo de convergência.
A última greve geral aconteceu a 24 de Novembro de 2010, também em protesto contra a austeridade.