03 set, 2015
Organizações da sociedade civil decidiram criar uma Plataforma de Apoio aos Refugiados (PAR), que será lançada na sexta-feira em Lisboa, com dois focos de actuação, o registo nos países de origem e o trânsito e acolhimento em Portugal.
"Esta plataforma inclui duas áreas de actuação: uma focada no acolhimento e integração de crianças refugiadas e das suas famílias em Portugal, e outra focada no apoio aos refugiados no seu país de origem", lê-se na informação enviada à Comunicação Social.
Entre os parceiros desta plataforma está a Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS). Em declarações à Renascença (uma das entidades fundadoras desta plataforma), o presidente da CNIS acredita num forte movimento de ajuda aos refugiados. “As instituições vão dar um grande apoio e estão muitíssimo motivadas para fazerem o melhor acolhimento possível, a melhor integração possível destes que são os mais infelizes dos infelizes”, diz.
O padre Lino Maia acrescenta que o apoio pode passar pela integração dos refugiados nas valências das instituições particulares de solidariedade social, dar formação e apoio para a integração na comunidade e nalguns casos garantir um local para poder viver.
Na terça-feira, a presidente do Conselho Português para os Refugiados (CPR), Teresa Tito de Morais, disse acreditar que Portugal tem capacidade para acolher mais refugiados do que os 1.500 que o Governo se disponibilizou para receber.
A crise dos refugiados, já comparada à da II Guerra Mundial, e as imagens de famílias em fuga com crianças ou de corpos encontrados nas costas da Europa estão a motivar reacções por parte de várias entidades.