Emissão Renascença | Ouvir Online

Fogo consumiu 54 mil hectares até ao final de Agosto

02 set, 2015

Comandante nacional de operações elege o "número francamente elevado" de ocorrências como um dos aspectos mais negativos deste ano.

Fogo consumiu 54 mil hectares até ao final de Agosto

Os incêndios florestais consumiram 54 mil hectares de mato e florestas entre Janeiro e final de Agosto, quase três vezes mais do que ardeu durante todo o ano passado, indica a Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC).

Também o número de incêndios, que já ultrapassa os 14 mil, é nesta altura o triplo do que se registava em 2014. Neste capítulo, destaque para o mês de Agosto que registou 40% de todos os incêndios contabilizados desde o início do ano.

Em declarações à Renascença, o comandante nacional de operações da ANPC, José Manuel Moura, elege o “número francamente elevado” de ocorrências como um dos aspectos mais negativos deste ano.

“Este ano estamos com 14.300 ignições, muito próximo da média dos últimos dez anos. Houve anos em que tivemos muito mais, foi o caso de 2005 com quase 30 mil, 17 mil em 2006. Este número de 14 mil ignições é excessivo e isso, para o dispositivo responder, acaba por haver muitas ocorrências em simultâneo”, afirma.

No balanço que a Autoridade Nacional de Protecção Civil faz da época de incêndios, agora que estamos a em mês do final da “fase Charlie”, fica claro que, quando comparados com a média dos últimos 10 anos, os números não são tão maus.

O número de incêndios está dentro da média e a área ardida ainda longe desse referencial – qualquer coisa como 30 mil hectares a menos. Esse é o aspecto mais positivo, diz o comandante nacional de operações.

A Protecção Civil destaca o facto de 2015 estar a ser o ano com pior severidade meteorológica dos últimos 16 anos.