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Era uma vez o "Jornal da Madeira"

01 set, 2015

O "JM" surge na sequência da restruturação da empresa Jornal da Madeira, cujo capital social era controlado pelo Governo Regional e pela Diocese do Funchal, que entretanto cessou a sua participação na sociedade.

Era uma vez o "Jornal da Madeira"

O primeiro número do "JM", que substitui o "Jornal da Madeira" no âmbito da reestruturação da empresa proprietária do título, surgiu esta terça-feira nas bancas da região autónoma com nova organização e grafismo.

O JM surge na sequência da restruturação da empresa Jornal da Madeira, cujo capital social era controlado pelo Governo Regional da Madeira e pela Diocese do Funchal, que entretanto cessou a sua participação na sociedade.

A intenção do executivo regional é privatizar a empresa, assumindo o passivo de 52 milhões de euros, mas ainda vai investir 1,1 milhões de euros em 2016.

O processo passa também pela rescisão de 24 contratos, num total de 55 trabalhadores. O novo corpo redactorial é composto por 16 jornalistas.

"Tentamos apresentar algo diferente, sermos inovadores, embora seja normal algumas semelhanças com outros jornais", afirmou à Lusa o director do JM, Marsílio Aguiar, realçando que, apesar de a forma contar muito, o enfoque será colocado no conteúdo, no sentido de "apresentar temas que digam respeito às pessoas".

O primeiro número do JM, onde agora predomina a cor vermelha em substituição do azul, destaca em manchete a entrada em vigor do subsídio de mobilidade, afirmando que esta medida foi recebida com "desilusão e frustração".

Apresenta também uma chamada de fundo para um dossiê sobre o turismo e expõe os dez pontos do seu estatuto editorial, realçando em primeiro lugar que se trata de "um matutino da Região Autónoma da Madeira que exerce um jornalismo isento, objectivo e imune a influências externas".

O novo jornal tem 32 páginas e um preço de capa de 70 cêntimos, ao passo que o anterior era de distribuição gratuita, embora indicasse o valor simbólico de dez cêntimos.