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Pneus usados. Um barato que pode sair muito caro

25 ago, 2015 • Liliana Monteiro

De 89 pneus analisados, 50 apresentavam falhas graves de segurança. Face aos resultados, a DECO vai pedir à ASAE que fiscalize este tipo de comércio.

Pneus usados. Um barato que pode sair muito caro
A associação de defesa do consumidor Deco analisou 89 pneus usados e concluiu que, a longo prazo, sai mais caro aos condutores optarem por este tipo de pneus, seja em termos financeiros seja em questões de segurança.

Mais de metade da amostra (50) avaliada apresentava falhas graves, como rasto abaixo dos limites legais, furos não reparados e forma oval que não permitia ao pneu assentar totalmente na estrada. Até foram encontrados pneus com estruturas metálicas visíveis em jeito de remendo.

Da totalidade de pneus analisados, 17 tinham mais de 10 anos e um dos pares tinha 19 anos.

A Deco conclui que os operadores não têm noções básicas da lei e de segurança relativamente a pneus usados, o que deixa os consumidores desprotegidos e enganados.

Pede, por isso, a criação de um quadro legal que obrigue a uma triagem obrigatória de pneus usados vendidos, responsabilizando assim os vendedores. Vai ainda pedir às autoridades de segurança que passem a incluir informação sobre a natureza dos pneus das viaturas nos autos dos acidentes.

A associação vai também requerer à Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) que fiscalize o comércio de venda de pneus usados.

Contas feitas, a DECO afirma que sai mais barato – e é mais seguro – comprar pneus novos e explica: o piso do pneu usados tem 4,5 milímetros de profundidade mínima, os novos têm oito milímetros. Ou seja, o investimento inicial é compensador e mais seguro.