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Inspectores do SEF suspendem greve

01 ago, 2015

O sindicado chegou a acordo com o Governo na quarta-feira e, por isso, decidiu suspender a greve.

Os inspectores do SEF decidiram suspender a greve porque chegaram a acordo com o Governo, a quem exigiam um tratamento igual à PSP e GNR, revelou este sábado o sindicato representante daquela força de segurança.

Em meados de Julho, os inspectores anunciaram várias greves caso o Governo não apresentasse até ao final do mês uma solução para acabar com "a discriminação" face à GNR e PSP existente na lei Geral do Trabalho em Funções Públicas.

Segundo o presidente do Sindicato da Carreira de Investigação e Fiscalização do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SCIF/SEF), Acácio Pereira, a lei veio permitir que os inspectores fossem tratados "de forma discriminatória em matérias como avaliação do desempenho, disponibilidade e até em práticas administrativas".

A lei equipara os inspectores aos restantes funcionários públicos, não lhes sendo atribuído o estatuto de excepção que é concedido às outras duas forças de segurança.

Assim, um oficial da PSP ou da GNR a trabalhar no âmbito da Agência Europeia de fronteiras (Frontex) "recebe uma compensação a 100% enquanto um inspector do SEF recebe a 60%", exemplificou.

Depois de várias reuniões, o sindicado chegou a acordo com o Governo na quarta-feira e, por isso, decidiu suspender a greve: "Os secretários de estado da Administração Interna e da Administração Pública comprometeram-se a levar ao Conselho de Ministros medidas que acabam com a discriminação".

A redenominação das categorias de carreira dos inspectores, a alteração do Regime de Ajudas de Custo Internacionais e a aprovação de um Regime de Avaliação do Pessoal da Carreira de Investigação e Fiscalização foram as três matérias em que houve concordância.

No entanto, em comunicado enviado para a Lusa, sublinham que "ficaram matérias por fechar" que deverão ser discutidas em sede do próximo Orçamento do Estado para 2016.

Assim, a greve que estava agendada para a primeira quinzena deste mês em todos os portos aeroportos e fronteiras foi desmarcada, mas o presidente do sindicato garante que ficará "vigilante quanto ao estrito cumprimento daquilo que foi acordado".